O autismo está aumentando - A causa em cinco meses

           Tá tudo na paz por aí? Espero muito que sim. As ostras produzem pérolas quando são irritadas e machucadas e me permita me referir a você carinhosamente como querida ostra atípica. 

       Vamos falar sobre o aumento do autismo. Aqui no Brasil, o autismo legalmente é uma deficiência e apesar de só termos estimativas, ou seja, cálculos aproximados sobre quantidade, há países pelo mundo afora que estão à frente, porque já conseguem perceber, inclusive que o autismo está aumentando.

            Nesse cenário em que o autismo tem se espalhado e não respeitando se o país é desenvolvido ou não, está no centro, a figura das mães atípicas que vive a esperar por muitas  respostas e soluções, inclusive a resposta do que causou essa deficiência no seu filho.

            Eu sei que as mães atípicas tem um amor incondicional e mesmo sem ter respostas e soluções, seguem para um destino completamente incerto.

          Mas vamos deixar os pontos incertos. Agora imagine se você ouvisse dizer que a causa do autismo iria ser identificada em cinco meses? E mais: O que essa resposta iria mudar pra você ?

           Há décadas as causas do autismo tem sido estudadas e cada dia que se passa é uma oportunidade de avanço neuronal de um autista, perdida. Mas vamos dar uma olhada nessas datas e descobertas antes de te falar da causa “identificada em cinco meses”.

             Veja as datas dos estudos e as possíveis causas do autismo:

            Os estudos sobre genética e autismo já estão passando de meio século. Foi na década de 1970 que os psicólogos Susan Folstein e Michael Rutter estudando os genes de gêmeos demonstraram que quando são idênticos há de 60 a 90% de chance de  compartilharem também o espectro.

       Outro estudo sobre genética e autismo foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Pasteur em 2003, com uma equipe liderada pelo professor Thomas Bourgeron. 

        Os genes mutantes presentes nos autistas atuam no desenvolvimento do cérebro, e são responsáveis pelo percentual apresentado nos casos de TEA, segundos os estudos.  

         O fator ambiental e autismo vem sendo estudado há mais de trinta anos. 

         O professor de Epidemiologia Ambiental, Douglas Dockery dirigiu o estudo das Seis Cidades de Harvard e nesse estudo foi descoberto que o risco de TEA aumentou em 64% com a exposição de 10 microgramas de poluentes.          

         Outro estudo sobre o fator ambiental foi o dinamarquês, liderado por Beate Ritz, epidemiologista na Universidade da Califórnia, que descobriu que a exposição à poluentes durante a gravidez e durante os nove primeiros meses de vida  aumenta o risco de  TEA.

         Outro estudo que já conta com mais de meio século é o que considera a saúde materna um fator de risco pra o autismo.

         São vários estudos nesse sentido, uns achando evidências, outros não.

         Na década de 1970, foi feito a pesquisa da hipótese de ativação imunológica materna e concluiu que a disfunção imunológica e a inflamação durante a gravidez estão ligadas ao autismo. 

          Nessas décadas de estudos os pesquisadores analisaram mais de 200 problemas de saúde materna ocorridos antes e durante a gravidez e concluíram que o que se pensava em ser causa de autismo, pode não ser, mas sim refletir variantes genéticas herdadas ou fatores ambientais compartilhados dentro das famílias.

       Um  estudo divulgado pela National Library of Medicine e realizado na Suécia entre 1973 e 2013 aponta que o parto prematuro aumenta o risco de desenvolvimento de TEA, sendo os meninos os que mais desenvolveram o espectro.

          São mais de cinquenta anos observando essa relação de prematuridade de bebês e autismo.

         Ulrika Aden é um pesquisador do Instituto Karolinska na Suécia. Ele liderou estudos sobre a ligação entre nascimento prematuro e autismo. No estudo liderado por ele foi analisado mais de cem bebês muito prematuros e foi observado que quase 30%

desses bebês desenvolveram sintomas de  TEA.

         Na ocasião de outro estudo, crianças que nasceram prematuramente entre 2011e 2017 foram observadas durante 14 anos e outra situação foi detectada: quanto mais prematuro, mais risco de TEA. Esse estudo foi registrado pela National Library of Medicine em 27 de agosto de 2020.

       Desde 2001, no mínimo, o fator de risco medicamentos e TEA vem sendo estudado. Várias reações de substâncias medicamentosas tomadas pela mãe quando grávida, como inclusive os antidepressivos mostraram relação com o TEA do filho.

           Foi observado  e detectado que um risco ampliado de TEA existe nos filhos onde as mães fizeram uso de antidepressivos durante a gravidez. O estudo foi de 2013 e foi publicado na Pediatrics.

       Outro estudo no Condado de Estocolmo feito de 2001 a 2011, confirmou a relação entre casos de TEA e uso de antidepressivos pela mãe. 

       Um estudo feito na Universidade da Califórnia, feito pelo Sistema de Saúde da cidade de Davis, entre 1990 e 1999, detectou   que a idade mais avançada da mãe estava relacionado com o TEA do filho.

      Outro estudo na Califórnia foi feito no ano de 1992 a 2000 e está no site Institutos Nacionais de Saúde.

       Foi estudado a população, ou seja, as crianças nascidas entre 1985 e 2004, das cidades da Dinamarca , Israel, Noruega, Suécia e Austrália e observado a relação entre idade avançada dos pais e autismo e foi confirmado essa relação com detalhes diferentes entre a idade do pai e da mãe. Esse estudo foi publicado pelo site nature.com

       Em 1998 um artigo descrevendo 12 crianças que haviam tomado vacina Tríplice Viral e um mês depois desenvolveram autismo chamou a atenção do mundo para o assunto. O autor do estudo era médico conceituado: Dr. Wakefield.

        Logo após a divulgação desse estudo, muitos outros estudos surgiram buscando as evidências e ligações entre as vacinas e autismo , mas não foram encontrados segundo a fala do cientista Josh Sharfstein.

A causa Do Autismo Em Cinco Meses

         Vimos que essa busca pelas causas do autismo se arrasta a mais de meio século. É uma resposta que as mães aguardam. Mas melhor que a causa, que as mães também saibam da solução.  É justamente por causa da velocidade dessas respostas, que uma geração de autistas já estão embranquecendo os cabelos, ficando órfãos e desamparados. É hora das mães de deficientes, mães de autistas, focar no escape paliativo.

          Mas essa semana uma fala chamou a atenção do mundo.  O secretário de saúde do governo americano, Robert Kennedy Jr. , percebeu o aumento de casos de autismo e disse que saberemos a causa, teremos essa resposta até setembro  (daqui cinco meses ). O que será que está pra acontecer?! Segundo as notícias, ele também aceita as evidências do estudo que relaciona o autismo às vacinas.

            Muita fé minhas queridas ostras atípicas, como sempre digo. Tudo vai dar certo.

Eliane Santos, mãe de dependente/autista

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

IMPORTANTE: Este site faz uso de cookies a fim de oferecer a melhor experiência para os seus visitantes.

Enviar mensagem
Olá 👋
Como posso te ajudar?